Derretendo de compaixão àquele que se omite, tenho vontade de gritar e, mesmo assim sem que ninguém mais ouça.. nem tu, quase não posso falar. Sinto no peito, lá dentro - mas não tão fundo - que algo está disposto a saltar a qualquer hora. Foi difícil estar aqui parada. Esse pulso vibrante, dominado sob o calor da pele que me cerca e a sutileza dos pêlos suam em mim. Um soluço intermitente provoca um desespero, como se eu não fosse mais respirar, mas meu sorriso esconde toda essa tensão púrpura e então, fica tudo em paz. Sorrisos abertos escondem corações apertados , e o meu também. É meu ventre que pede o aconchego e é meu ser que sente a falta de alma, de voz. Eu jurava que alguém poderia chegar mais perto, mas um pano branco cobre essa obra que, somente o sol é capaz de beijar.
Informativo Poético para o Autoconhecimento e Cura