E ele bem imagina que naquela madrugada em que eu me entregava ao seu olhar, um universo de pecados e milagres esperavam pela sua chegada. Uma cerveja, duas, três e o suficiente pra confiar nos seus braços e ir pra onde me levasse. Poderia ir adiante se ele entendesse o meu mundo, que não é menor que o dele. É o tamanho da vontade que não cabe nos planos pra sintonizar. Estávamos comemorando, cada qual a sua novidade, com singeleza e exaustão. Ele, um ano novo, e eu um novo dia. Foi nos meus braços que decidiu ficar. Pois então foi nos dele que eu escolhi estar. Estouramos não um champagne, mas as possibilidades de qualquer apropriação indébita. Não teve nada à recusa. Nada a faltar ou sobrar. Coube direitinho, inclusive cada coisa que dissemos. Nenhum pudor sobre nossos devaneios, cicatrizes ou receios. Nenhum medo ou censura. Nenhuma busca por qualquer cura. Nenhuma opinião obscura. Seria capaz de permanecer por horas ou dias naquele quarto que foi o universo pros nossos astro
Informativo Poético para o Autoconhecimento e Cura