"Arrepios ansiosos por calor não te dominariam
Se ao menos uma vez,
tu sentisse o descaso dos panos
quando cobrem o teu apego
E não fazem questão de ti
Nem menos fazem parte
Não sei o que afeta tanto o pudor
Esses trejeitos de quem deve se retocar,
ajustar
Mas porque há tanto desejo é que se deve desenhar
Marcas de tintas, formas e bichos
tatuar
Assim, desnuda-te
Ultrapassa a timidez do secreto "eu" teu
O leve vento dos panos que caem,
pode abusar da pele de quem não se pode tocar
Mas mesmo assim espera
e revela-te ao notar"
[Giselle Lobato - 02.03.2010]
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